A Internet torna-se aliada da Engenharia Civil






Dentre as mídias existentes, a internet mostra ser uma das mais promissoras, já que é a mais aberta e descentralizada, oferecendo múltiplas conexões e acabando com as barreiras geográficas. Os atuais profissionais estão em busca de inovações e um tráfego mais rápido de informações como ferramentas de gestão nessa era totalmente globalizada. Ela também pode apoiar como as vezes traz mesmo fatos sobre a engenharia civil; vemos isso na tirinha postada, que tem o título de "O mundo sem Engenheiro Civil".

A obrigação de ingressar nas possibilidades existentes em cada página, fez com que a engenharia civil se aliasse a este meio de comunicação. Acordos, plantas, projetos, trabalhos em geral, realizados em grupos ou individualmente, podem ser compartilhados e acessados em tempo real ou de acordo com as disponibilidades de cada um. No link abaixo mostra por exemplo, o estágio das obras da Arena da Fonte Nova:

http://www.copa2014.org.br/andamento-obras/9/Arena+Fonte+Nova.html.

Integrar engenheiros aos rápidos meios de comunicação gera aos mesmos um maior campo de atuação e aprendizado. Bons trabalhos, fazem com que o nome do profissional seja mais cotado e ele se destaque no concorrido mercado de trabalho da engenharia civil e, consequentemente, obtenha mais lucro.

A Engenharia Civil do futuro requer qualidade!

Ao que parece, como nos disse o Eng. Afonso, o futuro da engenharia civil está mais do que garantida: “... Nos próximos quinze anos ainda vai estar muito aquecido.” Felizes os futuros engenheiros, que tem essa certeza! Na verdade, a engenharia civil merece, e assim também o Brasil. É hora de crescimento, evolução, e o Brasil já estava precisando. Há 15 anos, a história era outra, os engenheiros do Brasil tinham que ser diferentes, ou fazer a diferença, para conseguir empregos distintos, em empresas renomadas, para ter um melhor currículo. Porém, ao que parece acabou. Hoje em dia, não são os engenheiros que estão à procura de empregos, são as empresas que estão correndo atrás dos futuros engenheiros para tentar preencher as vagas vazias. Por isso muitas vezes falta qualidade.

A engenharia vem crescendo e reaquecendo desde 2000, “sendo que com pico maior em 2005, em função dos investimentos da iniciativa privada e, sobretudo, por conta do plano do governo Lula, que incluem as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e Minha Casa, Minha Vida", exemplifica o arquiteto e engenheiro civil, Giesi Nascimento Filho, chefe de gabinete do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia da Bahia (CREA-BA).

"A expectativa é de que se o mercado se mantiver estável, a demanda por profissionais vai continuar crescente e daqui a dez anos pode chegar a faltar engenheiros", especula a coordenadora do curso de engenharia civil da Universidade Federal da Bahia, Tatiana Dumet. Ou seja, enquanto alguns recém-formados ficam angustiados ao saírem da universidade a procura de emprego, pelo menos por enquanto, os estudantes de engenharia civil só têm a comemorar.

O curso de Engenharia Civil está entre os mais procurados nas faculdades da Bahia, mas será que os estudantes e profissionais estão sendo bem preparados para a função? Recentemente, em uma palestra no Agenda Bahia – Olhando 10 anos à frente, Ricardo Telles, diretor regional Nordeste da AGRE Incorporadora, disse também que em alguns anos, haverá um déficit de 250 mil engenheiros no mercado, isso porque a qualidade e exigência das faculdades estão cada vez menores.

Se o Brasil quiser realmente continuar a crescer, precisamos de mais projetos, precisamos acabar com os problemas que poderão impedir esse crescimento importante para o nosso país, e principalmente de excelentes profissionais que consigam acompanhar esse crescimento. Há tanto ainda para melhorar no nosso país. Somos um país em desenvolvimento, o aquecimento está só começando, além disso, o futuro promete, se mantivermos o ritmo de crescimento.

Porém, apesar de estar tão aquecido e ser tão promissor esse futuro para os futuros engenheiros, é por estar em crescimento, e saberem que talvez consigam emprego sem fazer muito esforço, é que preocupa o mercado de construção civil. Falamos acima que daqui há dez anos pode faltar engenheiros, mas já hoje notamos isso, e não é só isso que os preocupa, é também o fato de que a maioria das vezes a qualidade do profissional fica aquém. Esse é um motivo de atenção especial.

Em uma profissão na qual o salário está entre os maiores, tanto para estudantes quanto para formados, e com grandes oportunidades de emprego, o nível dos profissionais, algumas vezes, deixa a desejar.

‘O engenheiro civil Paulo Paim afirma que os estudantes de engenharia têm muita informação, mas em termos de preparo acadêmico, ainda estão despreparados. “Vemos uma deficiência dessa turma que vem procurar estágio”’. Muitos engenheiros pensam da mesma forma, e inclusive acreditam que esse problema acontece principalmente porque há uma proliferação muito grande de cursos em várias faculdades, e até a própria formação do professor, vem com muita imperfeição. Mas se quisermos crescer como um todo, é preciso cada aluno fazer a sua parte, e com isso, fazer a diferença também hoje. Por isso, apesar da garantia de um bom emprego futuramente, eles têm que fazer a sua parte já.

A qualidade é vital!

Entrevista com Engenheiro Civil.

Para melhor entendimento sobre a atual e futura situação da Engenharia Civil no campo brasileiro, entrevistamos o engenheiro Antônio Afonso de Assis, 57 anos, que há 34 anos atua no mercado em diversos estados do país, mais especificamente no ramo de infraestrutura.

1. Como descreveria a área que você atua?

Eng.º Afonso: Eu atuo na área de engenharia civil, na parte de infraestrutura, rodoviária, aeroportuária, metroviária. Atualmente existe uma grande carência, principalmente na parte de infraestrutura rodoviária, e hoje nós temos um país tipicamente rodoviário. Cerca de 80% de nossas cargas são transportadas por meio rodoviário, o agronegócio está aí, atuando, está havendo grande divisa para o país e nós temos uma carência muito grande na área de infraestrutura de escoamento de produção, do agronegócio, também o problema da área portuária; quando estamos na época do transporte da safra, por exemplo, da safra de grãos, nós temos poucos portos para escoar dessa soja, desse milho. Principalmente da soja que é para o produto externo e há uma carência muito grande de área de retroaria, que é uma área de estacionamentos, de embarque de mercadorias. Então essa é mais ou menos a área que eu atuo hoje, na área de construção de infraestrutura.

2. Como você vê a área de engenharia civil, futuramente, daqui a dez anos?

Eng.º Afonso: Como eu falei na pergunta anterior, como o país está muito carente nessa área de infraestrutura, acredito que nos próximos quinze anos ainda vai estar muito aquecido o mercado da engenharia civil, na área de infraestrutura, pela defasagem, pela não aplicação correta dos recursos dessa área de infraestrutura. O país ficou muito aquém das necessidades, tanto na parte de transportes de mercadoria, como de transporte de passageiro. Hoje, faltando três anos para a copa do mundo, nós estamos com problema de colapso nos grandes aeroportos do país.