Entrevista com Engenheiro Civil.

Para melhor entendimento sobre a atual e futura situação da Engenharia Civil no campo brasileiro, entrevistamos o engenheiro Antônio Afonso de Assis, 57 anos, que há 34 anos atua no mercado em diversos estados do país, mais especificamente no ramo de infraestrutura.

1. Como descreveria a área que você atua?

Eng.º Afonso: Eu atuo na área de engenharia civil, na parte de infraestrutura, rodoviária, aeroportuária, metroviária. Atualmente existe uma grande carência, principalmente na parte de infraestrutura rodoviária, e hoje nós temos um país tipicamente rodoviário. Cerca de 80% de nossas cargas são transportadas por meio rodoviário, o agronegócio está aí, atuando, está havendo grande divisa para o país e nós temos uma carência muito grande na área de infraestrutura de escoamento de produção, do agronegócio, também o problema da área portuária; quando estamos na época do transporte da safra, por exemplo, da safra de grãos, nós temos poucos portos para escoar dessa soja, desse milho. Principalmente da soja que é para o produto externo e há uma carência muito grande de área de retroaria, que é uma área de estacionamentos, de embarque de mercadorias. Então essa é mais ou menos a área que eu atuo hoje, na área de construção de infraestrutura.

2. Como você vê a área de engenharia civil, futuramente, daqui a dez anos?

Eng.º Afonso: Como eu falei na pergunta anterior, como o país está muito carente nessa área de infraestrutura, acredito que nos próximos quinze anos ainda vai estar muito aquecido o mercado da engenharia civil, na área de infraestrutura, pela defasagem, pela não aplicação correta dos recursos dessa área de infraestrutura. O país ficou muito aquém das necessidades, tanto na parte de transportes de mercadoria, como de transporte de passageiro. Hoje, faltando três anos para a copa do mundo, nós estamos com problema de colapso nos grandes aeroportos do país.

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